O Impostômetro da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) vai registrar o montante de R$ 1,1 trilhão na madrugada desta quinta-feira (4). O valor é a soma todos os impostos, taxas e contribuições pagas pelos brasileiros para a União, os Estados e os municípios neste ano.
A quantia em questão foi atingida 20 dias antes em relação ao ano passado. O presidente da associação e representante do setor de comércio, Rogério Amato, reclama da carga tributária do País.
— O próximo governo terá que fazer ajuste nas finanças públicas e, paralelamente, procurar o setor privado para viabilizar concessões e parcerias e, assim, atacar os gargalos que oneram o setor produtivo e os cidadãos.
Serviços
Os gastos mensais fixos dos brasileiros contêm cargas tributárias, como nas contas de água, luz e gás, nas quais as porcentagens de tributos embutidos nos preços finais são 24,02%, 48,28% e 34,04%, respectivamente. Nas contas de telefone e de TV por assinatura, a carga é de 46,12%.
Para usar transporte coletivo no dia a dia, o passageiro paga 33,75% de imposto. A gasolina usada por quem opta pelo carro tem carga tributária de 53,03%.
Já para se cuidar, os brasileiros e brasileiras pagam 26,32% de tributo; no caso da mensalidade da academia, são 26,86%.
Itens referentes à educação contém 26,32% de carga tributária nas mensalidades de escolas e universidades particulares.
Os dados, que abastecem o impostômetro, são do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação).
A ferramenta foi criada em 2005, segundo a ACSP, para “conscientizar o cidadão sobre a alta carga tributária e incentivá-lo a cobrar os governos por serviços públicos de qualidade".
Fica localizado no centro da capital, na rua Boa Vista, e pode ser consultado pelo sitewww.impostometro.com.br.