A atriz e diretora Norma Aparecida Almeida Pinto Guimarães D'Áurea Bengell, conhecida como Norma Bengell, morreu por volta das 3h da madrugada desta quarta-feira (8) na unidade Bambina do Hospital Rio Laranjeiras. Ela tinha 78 anos.
Norma Bengell foi diagnosticada há cerca de seis meses de câncer no pulmão direito, e estava no Centro de Tratamento Intensivo do hospital desde o último sábado (5).
O velório será realizado a partir das 18h no Cemitério São João Batista, no Botafogo, na Rua Real Grandeza, nº 1. A cremação será feita no Memorial do Carmo, no Caju, nesta quinta-feira, mas o horário ainda será confirmado.
Amigo da família, Angelo, contou à reportagem que, no últimos dias de vida, a artista estava bastante debilitada, sentindo falta de ar e que não reconhecia mais ninguém. Seu último desejo é que fosse cremada.
Conheça a trajetória
Norma Bengell nasceu no Rio de Janeiro, cidade onde começou a se apresentar como vedete do teatro de revista aos 16 anos. Por causa de sua beleza e talento, Norma também chegou a ser lançada como cantora e gravou versões de "A Lua de Mel na Lua" e "E Se Tens Coração".
O primeiro LP, "OOOOOH! Norma", viria em 1959, no mesmo ano de sua estreia no cinema, com a comédia "O Homem de Sputinik", em que interpretava um símbolo sexual, em uma clara analogia com a atriz Brigitte Bardot.
O sucesso na tela grande foi tanta que a carreira de Norma de voltou quase que totalmente para a sétima arte. Em 1961, estrelou o filme "O Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.
Último trabalhos
Na televisão, apresentou e participou de alguns programas da TV Tupi e na TV Rio, como "Noite de Gala". Reapareceria apenas em 2008, com a personagem Dayse Coturno, no humorístico "Toma Lá, Dá Cá", da TV Globo.
Em 2010, uma foto sua em uma das passeatas históricas da década de 1960, durante o processo de ditadura militar, foi utilizada indevidamente pela então candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, causando a acusação e uso indevido de imagem e associação da atriz. Na época, Norma desmentiu qualquer mal estar e manifestou apoio à candidata.
Seu último trabalho foi no teatro, no mesmo ano, quando protagonizou a montagem de "Dias Felizes", de Samuel Beckett, com a direção de Emílio Di Biasi. No palco, sua vida se fundiu à história de Beckett e trechos preciosos de sua trajetória eram exibidos ao fundo.
Fonte: UOL