Dilma falou à nação, em cadeia de rádio e TV e, desde então, seu prestígio não para de cair
A avaliação ruim péssima do governo da presidente Dilma Rousseff disparou para 31% em julho e agora empata com o percentual dos que consideram a administração da petista como ótima e boa, mostrou pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira. Os que veem o governo como regular aumentaram para 37%, em comparação a 32% no mês passado. Em junho, antes das manifestações populares que tomaram as ruas do país, a avaliação positiva era de 55% e a negativa de 13%.
O percentual dos que aprovam a maneira da presidente governar desabou para 45%, em comparação aos 71% de junho. Agora, são 49% os que desaprovam, ante 25% no mês passado. O levantamento, feito pelo Ibope sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria, foi realizado entre os dias 9 e 12 deste mês, junto a 2.002 pessoas. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
Cabral contribui
O Rio de Janeiro hoje é o terceiro maior colégio eleitoral do Brasil dentre os 27 estados da federação. Diante desse fato, a queda da popularidade do governador Sérgio Cabral, apontada pela pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Ibope, divulgada nesta tarde, é a razão fundamental e única para que se possa justificar a queda tão acentuada da presidente Dilma Rousseff nas últimas pesquisas.
Na pesquisa da CNI, em que Cabral aparece com apenas 12% de aprovação da população do Estado, que consideram seu governo bom e ótimo, justifica o desmonte da popularidade da presidente por estar vinculada ao governo do Rio. Assessores políticos do PT temem o que poderá acontecer durante a Copa de 2014, em função das manifestações que deverão continuar ocorrendo, onde o Maracanã é a base fundamental da campanha, como suposto símbolo da corrupção, cujo orçamento inicial, que era de R$ 300 milhões, chegou ao final da reforma a mais de R$ 1,2 bilhão. Sem contar que foi arrendado a uma das empresas do Grupo X, do investidor Eike Batista, que amarga um período de queda acentuada em seus ativos, nas bolsas de valores. Os preços cobrados pelos ingressos, acima do que as faixas de renda mais baixas da população podem pagar, também colaboram com a derrapada na popularidade da presidenta Dilma.