Três casos de dengue autóctone – contraída no próprio município- foram confirmados nesta semana pela Secretaria Municipal da Saúde. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, o período chuvoso contribuiu para a incidência da doença, que está diretamente relacionada a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, que se reproduz em água parada.

            “Continuamos seguindo a tendência do Estado, ou seja, tivemos baixa incidência no ano passado, diminuindo drasticamente o número de doentes, e atualmente, como estamos em um verão chuvoso, os casos começam a aparecer. A criação do mosquito está diretamente condicionada às condições ambientais, em 2012 tivemos um início de ano seco, mas agora está diferente”, explica a diretora da Vigilância Epidemiológica Lília Sionéia Béccheri.

            Imediatamente após a confirmação dos novos casos, já que anteriormente havia sido registrado cinco doentes “importados”, a Secretaria da Saúde ampliou ainda mais a campanha de conscientização da população, já que a limpeza de quintais e terrenos é primordial no combate ao mosquito.

            Diversos mutirões de limpeza estão sendo efetuados na cidade em parceria com a Secretaria de Serviços Urbanos e a equipe de agentes de controle de vetores saiu intensificou o trabalho nas proximidades das residências dos moradores doentes. “A dengue se alastra por dois motivos: o homem e os terrenos sujos. É importante ressaltar que nos primeiros sete dias da doença o homem transmite a dengue para o mosquito e, por isso, nos primeiros sintomas detectados as pessoas devem ficar resguardas em casa, evitando ao máximo a picada do mosquito”, diz Béccheri.

            O trabalho da Secretaria da Saúde é intenso. Há uma busca ativa dos doentes, sem contar o trabalho de educação/orientação, limpeza e bloqueio mecânico em um perímetro de 200 metros da moradia dos enfermos. “Todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) possuem um protocolo de atendimento dos suspeitos de dengue. Desde a recepção, o paciente precisa ter um suporte correto para que possamos salvar vidas, pois esse é nosso objetivo. Outra questão é que existem vários tipos da doença e muitas vezes a pessoa não sabe que teve dengue, pois os sintomas aparecem muito enfraquecidos, contudo todos estão sujeitos a espalhar a doença”.

Prevenção

Ourinhos não está em epidemia de dengue, mas a prevenção continua sendo a melhor arma contra o Aedes Aegypti e a colaboração de toda a população é fundamental.

Objetivando intensificar ainda mais o trabalho de limpeza, uma parceria entre Secretaria da Saúde, SAE e Secretaria de Serviços Urbanos proporcionará nos próximos dias o início de uma inédita campanha em todos os bairros da cidade.

Haverá a divulgação de um cronograma para que os moradores tenham ciência e consciência de quando colocar entulhos e outros descartes nas ruas, pois assim a Prefeitura poderá recolher todos os materiais e os bairros permanecerem limpos e longe da dengue.

Também estão previstas ações educativas tanto nas escolas, como também em associações de moradores de bairros e demais entidades, já que a união de toda a cidade pode livrar Ourinhos da doença.

Fonte: Acessoria.
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