O Museu Histórico e Pedagógico Ernesto Bertoldi está com uma nova exposição temporária. “A História do Carnaval em Santa Cruz do Rio Pardo” é o tema da exposição que teve início no dia 4 de fevereiro e fica até o dia 4 de março. O espaço está repleto de fotografias de carnavais de diversas épocas. São foliões nos desfiles na rua e nos clubes da cidade. Estão expostas fantasias, faixas e bandeiras das escolas de samba que já fizeram a alegria dos Carnavais santa-cruzenses.
Segundo pesquisa dos historiadores Celso Prado e Junko Sato Prado (citada na exposição), os primeiros registros encontrados de carnavais foram em meados de 1902. De acordo com estes estudos, os carnavais santa-cruzenses não tinham muita tradição especifica. Adolescentes desfilavam representando grandes eventos da época, com simulações de lutas, músicas satirizadas, e, de acordo com o ano, introduziam algumas variações.
Nos clubes as folias promovidas eram frequentadas somente por adultos. A maneira que encontravam de se divertir era usando mascaras. Desde aquela época também eram realizados retiros espirituais durante o Carnaval. Celso e Junko encontraram publicações no Correio do Sertão chamando a população para participar da festa de Carnaval de 1903.
Desfiles– Segundo a pesquisa e reportagens em jornais expostos no Museu, o primeiro Carnaval de rua foi realizado por volta de 1960. Eliseu Nascimento e o grupo Amigos do Bairro São José realizaram o primeiro desfile no bairro São José, que em outros anos foram realizados nas ruas do centro. Alguns anos depois o grupo de amigos se tornou Império do São José.
Já a escola Unidos da Baixada, foi criada por João Pitaca o “Pitaquinha”, Américo Bruno e Ubirani Gonçalves. Diversas celebridades locais foram homenageadas nos samba enredos, entre eles, Tonico Lista, irmãos Villas Boas, com letras de Dedé Correa, Umberto Magnani e outros.
A historia conta ainda sobre outra escola de Samba criada em meados dos anos 70 que era conhecida por “Califórnia”. O nome era em alusão aos filmes de faroeste, por conta do aspecto do bairro da estação. A escola levava o apelido de Bang Bang, por conta das muitas brigas que tinham por lá. Depois de um tempo Califórnia se juntara a unidos da Baixada.
Por conta da falta de incentivo financeiro as escolas de samba chegaram ao fim e o Carnaval passou a ser realizado no ginásio de esportes. Nos anos 2000 algumas escolas locais tentaram resgatar a memória da tradição. Uma nova escola chegou a ser criada com o nome de Unidos do São Benedito e inovou com o Carnaval Cristão realizado pelo padre da Matriz de São Benedito, Esdras Moraes Freire.
Fotografias, reportagens, vestimentas e instrumentos musicais carnavalescos estão expostos no museu. As visitas podem ser feitas de terça à sexta-feira das 8h às 17h e aos sábados e domingos das 9h às 17h. O agendamento para grupos de estudantes também é realizado. Mais informações pelo telefone (14) 3372 8302 ou no site www.museusantacruz.com.br.
Fonte: Acessoria.
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