Ela estava internada desde o dia 12 de abril no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Simaria teve alta nesta terça, mas vai continuar o tratamento em casa, sob observação médica.
Tipo menos frequente
De acordo com o infectologista Eduardo Martins, do Instituto Brasileiro para Investigação da Tuberculose, essa versão ganglionar é apenas uma apresentação mais rara da infecção:
"É o mesmo bacilo da tuberculose pulmonar. A pulmonar é apenas o tipo mais frequente de apresentação da tuberculose, com 85% dos casos. De uma forma geral, é uma bactéria que dá em todos os órgãos: pulmão, coração, pleura e também nos gânglios".
Diagnóstico
No diagnóstico são utilizados os seguintes exames: baciloscopia, teste rápido molecular para tuberculose e cultura para micobactéria, além da investigação complementar por exames de imagem.
Tratamento
O tratamento do tipo ganglionar é o mesmo da tuberculose comum. O paciente deve ser tratado com antibióticos durante pelo menos seis meses, segundo orientações do Ministério da Saúde e do médico especialista.
"A pessoa precisa manter o tratamento por no mínimo seis meses a um ano. Não pode parar, porque se nem todas as bactérias forem atingidas pelo antibiótico, podem surgir cepas resistentes. Tuberculose tem cura, mas precisa seguir de forma bem rigorosa a prescrição do médico", disse o infectologista Edimilson Migowski.
Causas
A tuberculose ganglionar pode se desenvolver devido a uma baixa no sistema imunológico. "É uma doença agressiva por si só. Quando você tem sarampo, uma doença viral extremamente agressiva, baixa a imunidade e você tem pneumonia como consequência. Já a tuberculose tem essa coisa de reativar, mas ela é agressiva por si. A bactéria fica incubada e pode ser que o aumento do estresse, baixa imunidade, reativem a doença", explica Eduardo Martins.
"A quantidade enorme de shows, comendo mal, viajando de um lugar pro outro, estresse, podem causar a tuberculose." - Edimilson Migowski