As expectativas de alta dos preços são uma fonte de risco para a inflação no país, de acordo com avaliação feita pelo Banco Central (BC) no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (26). Segundo o BC, essas expectativas tiveram impacto negativo nos últimos meses pela inflação corrente, pela dispersão de aumento de preços e, sobretudo, por incertezas que cercam a trajetória de preços com grande visibilidade, como os da gasolina e de tarifas de serviços públicos, entre eles eletricidade e ônibus urbano.
A projeção do BC para o preço da eletricidade, este ano, subiu de 9,5%, previstos em março, para 11,5%, no relatório divulgado hoje. Também foi revisada, de estabilidade para queda de 3,8%, a projeção para as tarifas de telefonia fixa.
A projeção para a variação do conjunto de preços administrados por contrato e monitorados foi mantida em 5% em 2014. Segundo o relatório, essa projeção considera variações ocorridas, até maio, nos preços da gasolina (1,4%) e do botijão de gás (0,7%), assim como as projeções para eletricidade e telefonia fixa.
Para 2015, a projeção de aumento de preços administrados é 6%, ante 5% considerados no relatório anterior. Em 2016, a estimativa é 4,5%.
Hoje, o BC revisou a projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para 6,4%, este ano, 0,3 ponto percentual acima da projeção divulgada em março.